quinta-feira, 7 de junho de 2012

Desenhar é um Dom, ou um modo de ver?
Carlos Silva 19:14:00 0 comentários


                    Carlos Silva
Se queremos desenvolver o Hemisfério Direito do Cérebro, devemos realizar tarefas lentas que contrariem o H.Esquerdo, pois ele não gosta deste tipo de atividades, por exemplo o Desenho. Uma das formas de driblar sua intervenção é justamente contrariá-lo, assim ele deixará o campo livre, não dispensando atenção à uma tarefa da qual ele não se agrada, e essa será a primeira condição para você poder se conectar ao H.Direito.

O H.Esquerdo do cérebro controla a fala e por ele ser mais rápido com sua “tagarelice mental” nos convence rapidamente. O outro lado, o H.Direito, atrelado aos sentimentos, é mais lento para reagir, logo, acaba sendo abafado em suas pretensões. Desta maneira, o poder do lado esquerdo se alicerça, cada vez mais a cada dia que passa. Ele é responsável por manter uma programação mecânica de hábitos, onde se misturam a imaginação negativa, os preconceitos, os medos, as limitações. Enfim, ele mantém uma rede, desenvolvida pela própria mente, tão densa que às vezes a verdadeira realidade nos parece oculta e inacessível. É assim que o ser humano vai limitando o seu campo de ação aos hábitos corriqueiros do dia a dia. Ele, o H.Esquerdo, acaba enquadrando sua vida conduzindo-o a não sensibilidade.

Então, começamos a compreender como tarefas próprias de serem executadas pelo lado emocional, as de desenhar por exemplo, são atrofiadas pela incompetência do cérebro esquerdo que invade o território do outro lado cerebral, levando as pessoas à frustração e a culparem-se por uma inabilidade aparente, acabando por expressar com desagrado a típica manifestação : NÃO TENHO DOM!.

Como podemos verificar, não se trata de uma questão de "DOM", e sim de uma forma de "VER" diferente.

VER diferente é “VER NÃO FOCALIZADO”, é ver os espaços na sua plenitude, configurados por linhas que ao estarem vazios, nos dá a possibilidade de criar inúmeras formas. Eis a criatividade, a liberdade …. Então exercitamos no papel o que podemos realizar dentro de nós. Uma parte em nós não deseja mudanças, porém, o outro lado nos incita à liberdade, à expansão.

Se trabalhamos o outro lado do Cérebro poderemos crescer, fazer mudanças permanentes que nos tragam bem estar e felicidade, porém, uma dica:

Devemos ABSTRAIR-NOS do nome das coisas, exercitando a abstração, olhando como O OBSERVADOR (que vê de fora) o faria, pois é ele quem "VÊ" diferente e não a personalidade atrelada ao lado mecânico do H.Esquerdo. Assim, temos possibilidades de descobrir aquilo que está escondido em nós, aquilo que é essencial para nós; é a Ele que chamaremos de Artista Interior (O Grande Observador).

Antes de concluir esta parte, darei ainda algumas recomendações para se obter sucesso nesta experiência com o lado direito. Diariamente devemos destinar pelo menos cinco minuto para mentalizar a presença do “O Grande Observador”, bem como seu poder e sua força e quando desenhamos é a Ele que nós invocamos, confiando que tudo dará certo.

Como? É fácil! Pois é Ele quem desenha - nós apenas permitimos fazer.

REFLEXÕES

Portanto, antes de realizar um exercício devemos refletir e observar o nosso mundo interior, o estado interno, a emoção, e perguntar-mo-nos:

Qual é o nosso estado de ânimo?
O que sentimos? Medo?
A folha em branco nos apavora?
Por onde começamos?
Sentimos que nos perdemos?
De que e de quem?
É hora de revisar as convicções internas erradicando posturas limitadas do tipo “não posso”, não devo”, "será"............
A mentalidade positiva presente o tempo todo é o grande, porém simples segredo.

Uma última observação antes de começar:

Três princípios devem guiar você durante todo o exercício, são eles:

Focalize o desenho-modelo, fite-o como se o acariciasse com os olhos e com as mãos. Entre nele, ele tem que enxergar você, assim o seu Artista Interior entrará em ação, você poderá sentir e verificá-lo.
Alto Nível de Vibração, durante o exercício procure ter um alto nível de vibração, e assim fará melhor e da melhor maneira, porque muitas obras famosas foram apenas exercícios bem feitos. Surge então, um novo conceito de beleza, que não se importa apenas com os resultados e sim com o fato de se fazer bem feito, como a natureza o faz.
Reflita, sobre o porquê da escolha de determinado desenho. Pergunte-se porque desenhamos tal ou qual coisa. Então descobrirá que não é mais uma cópia mecânica. Agora sabemos o porquê. Então uma sabedoria começa a nascer em nós.
Para fazer este exercício é bom estar acompanhado de uma folha em branco ao lado da do desenho para descrever o que se está sentindo à nível emocional.

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Sobre o autor Carlos Silva é um artista plástico pernambucano vem se destacando no desenho realismo, já fez obras de arte para o exterior e para alguns estados no Brasil. Há 11 anos vem lutando contra o câncer. No decorrer do tratamento perdeu uma perna, tempo depois metástase nos dois pulmões, no meio de muitas incertezas, se casou no Hospital onde faz tratamento. Recentemente passou pelo segundo transplante de medula óssea 100% compatível. Facebook - Twitter
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